Rir é o melhor negócio
O humor impera nesta edição do Bossamoderna, conferindo o astral de Tárik de Souza, que pinça aqui e ali a irreverência e crítica aos costumes, para montar esta seleção musical.
O programa injeta humor, a começar pela “Menina fricote”, curioso samba de breque de Marília Batista, favorita de Noel, sucesso de outra eleita do poeta da Vila, Aracy de Almeida. A música foi regravada pela cantora e pesquisadora carioca Tereza Virgínia.
Integrante da irreverente vanguarda paulistana, o Grupo Rumo remodela “Pão duro”, única parceria da impensável dupla formada pelo pernambucano Luiz Gonzaga e o baiano Assis Valente. Também da mesma cena, ex-Premeditando o Breque, Wandi Doratiotto brinca com um mito da literatura em “Dostoievski”.
O Grupo Manifesto brinca com estereótipos em “Cabra macho” (Mariozinho Rocha / Guto Graça Melo), também fustigados na brincalhona “Homem com H” (Antonio Barros), revisitada por Zeca Baleiro. A música foi sucesso de Ney Matogrosso, escalado em sua divertida remissão do caricato ponto de macumba “Só o ôme”, êxito de Noriel Vilela, de 1968.
O vanguardista catarinense Carlos Careqa samba no “Rolo do Rolex” e empilha uma hilária “Sucessão de fracassos”, enquanto o carioca Edu Krieger desenrola sua “Serpentina” e fustiga os tabus em “Desestigma”.
Fonte: Cultura Brasil